terça-feira, 14 de setembro de 2010

A CASTIDADE DAS PAIXÕES







                                                  A CASTIDADE DAS PAIXÕES




Portugal- 1585-Santa Inquisição






O SANTO INQUISIDOR se levanta ao ver entrar seu objeto de cobiça e luxuria.Consuelo Estava impecavelmente vestida de vermelho. Com um véu branco a tapar os longos cabelos louros, rédeas de uma potranca! E os seios? Meu Deus!Ele levanta os olhos para o céu e murmura:


Os seios! Duas taças de vinho branco... Vinho cardeal e papal! Sentado em sua cadeira majestosa tomou um gole do seu vinho Arbitriun e acabou sentindo um fogo estranho a subir pelas pernas... Era uma emoção incontrolável o que sentia pela jovem Consuelo.


O vinho subiu rapidamente a cabeça. Imaginou Consuelo com aqueles olhos verdes a chamá-lo como uma deusa. Sim! Como uma deusa! Por que não? As deusas também amam! Sentiu um formigamento nos pés o convidando para fugir do tribunal e se atirar com ela em seu leito sagrado casto de celibatário por mil vezes pela madrugada afora diria baixinho em seu ouvidinho:


—Minha deusa Consuelo... Gos-tooo-sonaaaa!... Que bunda tens!


Em resposta ouviria seus gemidos. Gritinhos dos orgasmos abafados nos travesseiros molhados de suor da sua excitação. Porra! Diz o santo inquisidor:

- Que Deus me perdoe. A carne é fraca, mas essa mulher é gostosa demais!Nem a mais bela madona de da Vinci possui tetas como as dela... Isso é tentador!Por que as mulheres tentam inocentemente um pobre santo ao pecado tão maravilhoso e condenado?


Continuava a viagem. A via dançando para ele como uma serpente nadis


executando manobras elevando a kundalini para despertar as suas serpentes nadis.. Via Consuelo o balançar frenético de suas tetas a poucos centímetros da


sua face... Tentação! Os bicos dos seios bicos saltavam duros para serem beijados... Primeiro delicadamente. Depois no auge da excitação mordidos carinhosamente para se mamar o leite dos deuses. Ela como uma felina morderia seu pescoço marcando-o como seu animal de prazer. Daria tudo para ela. Bastava pedir. Não! Teria que ter sensibilidade para realizar os seus desejos um por um provando sua paixão tesuda!


Lá estava o santo inquisidor viajando em seus sonhos completamente desligado, corrompendo a castidade. Quem poderia imaginar que por dentro da batina dos que condenam como pecado capital também são pecadores e juizes da hipocrisia. Mas a sua face era implacável! Mascara do mais puro romanismo cristão. Por traz escondia os segredos mais primitivos. Ela era o furacão a varrer todos os seus valores romanisticos do cristianismo. Retornou a si. Ajeitou-se com postura na cadeira. Consuelo retira o véu branco. Ao chegar à porta da saída do tribunal para e se vira, e olha nos olhos do santo


inquisidor como se tivessem em segredo os desejos, os mesmos sonhos... Sim os dois pareciam compartilhar do mesmo pecado da castidade das paixões!

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